sábado, 29 de julho de 2006

Pra quê e para quem o FCS?

Este FCS - Fundo de Capital Solidário - é uma nova fonte de financiamento que pretende repassar recursos para associações e cooperativas para estimular iniciativas em áreas tão diversas como agronegócio e reciclagem. Segundo grupo de instituições do Fundo, os empreendimentos candidatos do financiamento terão que passar por um processo seletivo, que inclui auditoria local.
Segundo gestores do Fundo, este órgão articula ainda parcerias que estimulam o desenvolvimento comercial, tecnológico e administrativo dos empreendimentos. Quando estas iniciativas de economia solidária conseguirem a sustentabilidade, o FSC inicia a recuperação do capital (saída), podendo dar início a um novo ciclo de investimentos.
As empresas e instituições interessadas em participar do FSC podem atuar de três formas: Investidor Solidário, responsável por direcionar capital para a realização de investimentos nos empreendimentos e cobertura dos custos de administração; Parceiro Solidário de Negócios, voltado para criação de vínculos de negócios com as iniciativas, integrando-os àcadeia de valor como fornecedores, clientes ou outros papéis que catalisem seu desenvolvimento; e Apoiador Solidário, que dará apoio à gestão do FCS e doação de máquinas, equipamentos, softwares e serviços aos empreendimentos.
Gérard Zwetsloot, do ICCO, disse que este grupo pensou em desafios ao desenvolver um Fundo voltado para economia solidária, principalmente quando envolvem projetos na região do sertão do Nordeste. "Queremos organizar os trabalhadores entre todos os problemas transversais e possibilidades da área de economia solidária", enfatiza.
Em relação aos conceitos de sustentabilidade, Neylar Lins, representante Avina Brasil Nordeste, revelou que o grupo de instituições envolvidas no Fundo trabalha de forma conjunta neste processo de construir projetos sustentáveis. "Não serão apenas medidas filantrópicas, mas vamos abordar a importâncias destas cooperativas e associações lutarem por políticas públicas. Por isso, temos a união de várias empresas e instituições para construirmos respostas inteligentes e rápidas", explica.
Teremos ainda a forte participação das universidades". A pontuação de Nazem Nascimento, professor da Unesp e coordenador regional São Paulo da Fundação Unitrabalho, fortalece a importância de especialistas e universitários neste processo de desenvolvimento da economia solidária, já que seriam importantes atores no processo de conscientização da população. "Hoje grandes cooperativas criaram incubadoras em universidades, que apóiam esta alternativa econômica", defende.

ServiçoFundo do Capital Solidário

Rua Caiubi, 583 São Paulo -SP - CEP 05010-000

tel. (11) 3873-6111
fundo@capitalsolidario.org.br

Grupo de empresas com atuação social lança o Fundo de Capital Solidário

Susana Sarmiento - http://www.setor3.com.br/ 23/06/2005
Como as empresas podem cooperar com outros atores? Esta foi o principal questionamento que norteou o painel temático "Cooperação Intersetorial para o desenvolvimento local", na Conferência Internacional 2006- Empresas e Responsabilidade Social, do Instituto Ethos. Alguns especialistas de geração de renda apresentaram o Grupo de Ação Solidária no Nordeste Brasileiro, um projeto com objetivo de geração de renda e trabalho.
Este grupo é composto por instituições como Fundação Banco do Brasil (FBB), Interchurch Organization for Development Cooperation (ICCO), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Avina Brasil Nordeste, Agência de Desenvolvimento Solidário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho Escravo (Unitrabalho) e Instituto Ethos.
Paulo Itacarambi, presidente-executivo do Instituto Ethos, explicou o início deste grupo, seus objetivos, agenda e resultados para o público interessado em trabalhos de geração de renda por meio da economia solidária. Em 2003, houve o Seminário de Responsabilidade Social e Pobreza, promovido pelo Ethos, ICCO e Unitrabalho. Notou-se a necessidade de cooperação multisetorial.
Estas instituições possuíam objetivos comuns como articular ações para diminuir a pobreza do Brasil através de iniciativas concretas já estabelecidas. Tem como diretrizes a criação de alternativas com foco no desenvolvimento econômico sustentável e justa, iniciativas de geração de renda. "Pretendemos atingir este projeto de forma multisetorial e que seu aprendizado seja amplamente divulgado", almeja.
Além de estabelecer algumas diretrizes, o grupo de instituições estabeleceu uma agenda 2006/2007, em que marcaram o Encontro Internacional do Nordeste do Brasil para estimularem a atuação do conjunto de três cadeias produtivas (têxtil, mel e resíduos sólidos). Este fundo também criou o Fundo de Capital Solidário (FCS), uma nova fonte de financiamento para associações e cooperativas.
No Encontro Internacional do Nordeste do Brasil 2006, o grupo se reuniu e após os debates decidiram incentivar a integração das ações do mercado com economia solidária. Com objetivo de aplicar ações de combate àdesigualdade social, as instituições envolvidas no grupo decidiram promover a aproximação entre diferentes organismos com experiências de cooperação em cadeias produtivas da economia solidária.
As instituições do grupo do Fundo perceberam desafios para desenvolverem empreendimentos de economia solidária como, por exemplo, a dificuldade de comercialização, o capital de giro, as políticas públicas, a organização e a infra-estrutura, a governança da cadeia produtiva, a capacitação, a assistência técnica, a pesquisa e o desenvolvimento.
Paulo Itacarambi ressaltou a necessidade da ampliação do consumo consciente dos produtos dessas cadeias. Como, por exemplo, o mel é ainda utilizado como remédio e não como um alimento comum.
Nilson Tadashi Oda, assessor da Agência de Desenvolvimento Solidário da CUT, citou uma pesquisa da Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, que detectou 15 mil empreendimentos solidários responsáveis por seis bilhões de reais por ano. Cerca de mil empreendimentos são considerados cooperativas auto-sustentáveis, que formam uma base importante nas cadeias produtivas.
Blogs - Os novos campeões de audiência
Como os diários da internet estão revolucionando a política, os negócios, a carreira, a cultura e as relações pessoais

Parece que entrei numa boa hora na onda dos Blogs, a revista Época Edição 428 - 31/07/2006 traz como matéria de capa este assunto.
Vale a pena conferir.

O Empreendedor Social

Deu na revista Revista Época nº 427 de 24/07/2006 - matéria de Guilherme Ravache entrevista David Bornstein
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Quem tem poder para conter a miséria e melhorar saúde e educação não são os governos, mas os inovadores, afirma o especialista canadense em terceiro setor.
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Veja em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG74847-6009-427,00.html

Os últimos 20 anos testemunharam a explosão no mundo das organizações não-governamentais, as ONGs. Em países como Estados Unidos, Canadá e Índia, o número de ONGs aumentou mais de 50% nas últimas duas décadas.
No Brasil, essas organizações passaram de 250 mil, em 1990, para 400 mil, em 2006. Um grande estudioso – e entusiasta – do fenômeno é o jornalista canadense David Bornstein, autor de Como Mudar o Mundo – Empreendedores Sociais e o Poder das Novas Idéias (Editora Record).

Guru do terceiro setor, formado por instituições privadas dedicadas a causas sociais ou ao bem público, Bornstein entrevistou para o livro dirigentes de ONGs no mundo inteiro. Entre eles dois brasileiros. O engenheiro agrônomo Fábio Rosa, que, em 1982, criou um projeto para levar eletricidade a comunidades pobres. E a médica carioca Vera Cordeiro, que, em 1991, ao descobrir um garoto sem cobertores em casa após sair do hospital, iniciou o projeto Renascer, para dar assistência a crianças pobres depois da alta de hospitais públicos. Os dois são exemplos do que Bornstein chama de empreendedor social, ou “gente com novas idéias para enfrentar grandes problemas, incansáveis na busca de seus ideais”.

Segundo Bornstein, os empreendedores sociais são tão importantes para uma sociedade quanto os capitalistas para a economia. Ele também é um defensor de uma tese polêmica: os governos devem se limitar à definição de políticas sociais. E transferir sua execução para as ONGs desses empreendedores. Elas podem ser mais ágeis e menos assistencialistas, funcionando com os padrões de eficiência do mercado. “Os empreendedores sociais são mais eficientes em inovar”, afirma Bornstein.

Selo Balanço Social Ibase/Betinho

Mesmo que tenha passado o prazo de dar a sua opinião, entre no site do 'Balanço Social' http://www.balancosocial.org.br/ e veja quais empresas estão participando do Selo Balanço Social Ibase/Betinho...
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Termina no próximo dia 31 de Julho, 2006 o prazo para a sociedade se manisfestar Sobre as 54 empresas que solicitaram o Selo Balanço Social Ibase/Betinho!

No intuito de promover o controle social das empresas, o Ibase chama a sociedade a dar sua opinião sobre as companhias que, neste ano, participam da consulta pública para o Selo Balanço Social Ibase/Betinho.
O espaço está aberto. Qualquer pessoa ou organização pode participar.
Aproveite.
Acesse o site www.balancosocial.org.br e deixe sua contribuição.A consulta se encerra na próxima 2ª feira, dia 31 de julho.
Mais informações:
Equipe de Responsabilidade Social e Ética nas Organizações
IBASE E-mail: consulta@balancosocial.org.br

Cláudia Mansur
Coordenadora do Balanço Social
Responsabilidade Social e Ética nas Organizações
Ibase - 25 anos
A luta pela democracia faz parte da nossa história
Visite www.ibase.br - (21) 2509.0660

terça-feira, 25 de julho de 2006

Compartilhando o entendimento da SA8000

Vamos começar este blog falando de uma das normas sociais de maior impacto e que hoje muitas empresas e organizações sonham em implantar... A SA8000.
Lançada em 1997 pela CEPAA - Council on Economics Priorities Accreditation Agency, atualmente chamada SAI - Social Accountability International, organização não-governamental norte-americana, a Social Accountability 8000 (SA8000) é a primeira certificação de um aspecto da responsabilidade social de empresas com alcance global.Com base em normas internacionais sobre direitos humanos e no cumprimento da legislação local referente, a SA8000 busca garantir direitos básicos dos trabalhadores envolvidos em processos produtivos.
A norma é composta por nove requisitos:
• Trabalho infantil: não é permitido

• Trabalho forçado: não é permitido
• Saúde e segurança: devem ser asseguradas
• Liberdade de Associação e negociação coletiva: devem ser garantidas
• Discriminação: não é permitida
• Práticas Disciplinares: não são permitidas
• Horário de Trabalho: não deve ultrapassar 48hs/semana, além de 12hs-extra/semana
• Remuneração: deve ser suficiente
• Sistemas de gestão: deve garantir o efetivo cumprimento de todos os requisitos.

Tendo como referência os padrões de gestão da qualidade ISO9000 e de gestão ambiental ISO14000, a SA8000 segue a estrutura que enfatiza a importância de sistemas de gestão para melhoria contínua.
E é nesta prática de ‘melhoria continua’ que o dirigente tem que pensar para a sua organização/empresa. Os trabalhos de consultoria que são solicitados passam por um diagnostico da realidade desta organização e quais os objetivos e visão que se quer alcançar.Para isso conto com uma parceria de uma experiente profissional em Responsabilidade Social... A Eliane M. Mota Fukunaga.
No transcorrer dos conteúdos deste Blog vamos utilizar muita desta experiência que a Eliane construiu em seus trabalhos.
Vou poder dar também a minha contribuição para a construção de um pensamento de gestão compartilhado.

sábado, 22 de julho de 2006

Responsabilidade Social & Ética

Neste espaço vamos discutir mais profundamente o que é responsabilidade social empresarial, ética nos negócios e contextualizar alguns conceitos de boas práticas que venho adotando nas minhas consultorias e trabalhos voluntários. Vamos conversar sobre estes assuntos dentro de uma perspectiva de uma sociedade mais justa e fraterna.